Os imbecis sempre existiram aos montes.
Mas, atualmente, parece que eles se tornam onipresentes. Humberto Eco tinha
razão. As redes sociais trouxeram os imbecis para a praça pública e lhes deram
um megafone estridente. Agora eles podem se juntar, formar manadas e se
reforçarem mutuamente.
Parece que, algum tempo atrás, havia
certo constrangimento em torno da estupidez. Ninguém era elogiado por ser
imbecil. Compreensivelmente, os imbecis eram mais retraídos, silenciosos. Além
disso, mesmo quando o imbecil era um falastrão, sua audiência era relativamente
restrita. Agora, eles não têm mais receio de mostrar suas entranhas e têm uma
audiência inimaginável.
Contudo, não custa lembrar, os tempos
são outros.
É verdade que os diversos casos de
desgraça na vida profissional, decorrentes de pronunciamentos abjetos nas redes
sociais (envolvendo diversas formas de preconceitos), ainda são insuficientes
para mostrar aos imbecis que o mundo de hoje é diferente. Eles (com os seus
milhares de compartilhamentos e likes) continuam promovendo sessões
públicas de elogio à estupidez. Mas, felizmente, há avanços civilizatórios que
são incontornáveis, irrefreáveis. Certos discursos de ódio – relativos a
gênero, etnia, religião etc. – não são mais tolerados.
Há algo que os imbecis, por serem
imbecis, não conseguem perceber. A ampla visibilidade que conquistaram com as
redes sociais são, a um só tempo, a sua glória e a sua desgraça. Enquanto se
lambuzam extasiados em suas fezes verbais, os imbecis acabam mostrando quem
são, como pensam e como vivem, facilitando enormemente o trabalho de denúncia. Ao se
exporem freneticamente, acabam selando o próprio destino. Eles não passarão!
É...eles agem em massa e tentam massacrar quem pensa diferente.
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