domingo, 29 de abril de 2012
De onde copio os textos que publico em meu nome?
sábado, 28 de abril de 2012
Tristeza à conta-gotas
sexta-feira, 27 de abril de 2012
A escola se tornou um lugar hostil [1]
Disponível em:
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Poética do sorriso
Sorrir é desenhar na face os traços do prazer/ É pintar na moldura do rosto os contornos da alegria/É fazer versos cinestésicos #letras365
— Sostenes Lima (@Limasostenes) março 9, 2012
O sorriso é expressão poética da alma. Quando o júbilo não cabe em palavras a alma desenha os versos nos lábios. #letras365.
— Sostenes Lima (@Limasostenes) março 9, 2012
Quando a gente sorri a alma fica desarmada, sai da defesa.
— Sostenes Lima (@Limasostenes) março 9, 2012
Deixar de sorrir é esquecer alegria.
— Sostenes Lima (@Limasostenes) março 9, 2012
O sorriso é mesmo incrível. Contradiz o senso biológico. No mundo animal, mostrar os dentes assusta; é um mecanismo de defesa e ameça.
— Sostenes Lima (@Limasostenes) março 9, 2012
Sostenes Lima
@Limasostenes
terça-feira, 17 de abril de 2012
Poética da contemplação em tuítes
A contemplação requer bloqueio do calculismo e do pragmatismo.
— Sostenes Lima (@Limasostenes) março 13, 2012
A contemplação é uma das carências básicas da alma. Viver sem contemplar é impor à alma uma aguda inanição.
— Sostenes Lima (@Limasostenes) março 13, 2012
Para contemplar é preciso imergir no fluxo do ser contemplado.
— Sostenes Lima (@Limasostenes) março 13, 2012
Para contemplar é preciso renunciar a individualização.
— Sostenes Lima (@Limasostenes) março 13, 2012
Contemplar é se deixar fundir com outro, eliminando por um instante todas as fronteiras que delimitam a existência individualizada.
— Sostenes Lima (@Limasostenes) março 13, 2012
Para contemplar basta uma pessoa predisposta a contemplar. Aquilo que é simples e repetitivo pode ser investido de beleza.
— Sostenes Lima (@Limasostenes) março 13, 2012
A contemplação começa a morrer quando passamos exigir estímulos extraordinários, muito além dos padrões vida cotidiana.
— Sostenes Lima (@Limasostenes) março 13, 2012
Sostenes Lima
@Limasostenes
sábado, 14 de abril de 2012
Poética da saudade em tuítes
A saudade é uma dor que renunciou a aflição para se embrenhar no mundo do prazer. #letras365.
— Sostenes Lima (@Limasostenes) abril 13, 2012
A saudade é a ressonância de um amorque não morreu. #letras365.
— Sostenes Lima (@Limasostenes) abril 13, 2012
A saudade me faz entrar em colapso. Gosto de ter a lembrança, mas sinto angústia pela ausência que ela deflagra. #letras365.
— Sostenes Lima (@Limasostenes) abril 13, 2012
A saudade faz a dor e o prazer entrarem em colapso. A dor diz que falta algo; o prazer diz que tudo está memória. #letras365.
— Sostenes Lima (@Limasostenes) abril 13, 2012
A saudade faz a vida se manter viva. #letras365.
— Sostenes Lima (@Limasostenes) abril 13, 2012
A saudade nem sempre se dá a conhecer. As duas maiores saudades da vida (de onde vim e para onde vou) ainda são plenamente desconhecidas.
— Sostenes Lima (@Limasostenes) abril 7, 2012
"A saudade é flor que só floresce na ausência". [Rubem Alves] #letras365.
— Sostenes Lima (@Limasostenes) abril 2, 2012
"Bateu também dentro de mim uma saudade não sei de quê, eu sou uma saudade imensa cercada de carne por todos os lados" [R. Alves] #letras365
— Sostenes Lima (@Limasostenes) abril 1, 2012
"Saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar" [Rubem Alves]. #letras365.
— Sostenes Lima (@Limasostenes) abril 1, 2012
"Toda saudade é uma forma de velhice" [Riobaldo por Guimarães Rosa, via Rubem Alves]
— Sostenes Lima (@Limasostenes) fevereiro 24, 2012
“A alma anda pra trás, navega ao sabor do suave sopro da saudade [...]. A alma tem nostalgia das origens" (Rubem Alves).
— Sostenes Lima (@Limasostenes) fevereiro 15, 2012
Sostenes Lima
@Limasostenes
sexta-feira, 13 de abril de 2012
O dia se faz de desejo e saudade
A Noite-turva tem desejo da Aurora que tem saudade da Noite-turva.
terça-feira, 10 de abril de 2012
A língua como objeto de estudo: da tradição à ciência[1]
A ciência também avançou em outra direção: alcançou o status de discurso legítimo. O discurso científico se consolidou como a instância de explicação mais confiável e segura para o mundo natural e social. Quando há alguma disputa em torno de alguma questão, logo alguém recorre à autoridade da ciência para validar a versão que tem dos fatos. É difícil uma pessoa vencer um debate epistemológico tomando por base a tradição, senso comum, curandeirismo, obscurantismo e/ou astrologia.
Contudo há uma diferença no curso histórico da Gramática e da Alquimia. O surgimento da Química rapidamente solapou a autoridade e credibilidade da Alquimia, relegando-a a uma condição de abordagem esotérica. A Linguística, inaugurada no começo do século XX, não conseguiu abalar a autoridade, credibilidade e aceitação da Gramática. Embora a Linguística venha mostrando as fragilidades dos princípios teóricos e metodológicos da abordagem gramatical, para a maioria das pessoas a ciência que estuda a língua é a Gramática. E isso ocorre a despeito do grande avanço das pesquisas científicas em língua.
Atualmente, temos um acervo considerável de teorias e bases metodológicas que permitem a compreensão, coleta e análise de praticamente todos os fatos linguísticos inerentes às línguas com tradição gráfica. Temos acumulado, ao longo dos últimos cem anos, um conjunto de teorias e descrições bastante significativo. Falando apenas do caso brasileiro, a Linguística, depois de 40 anos de sua introdução regular nas universidades, produziu um conjunto impressionante de descrições do português brasileiro, bem como um razoável delineamento do quadro das mais de 170 línguas faladas no Brasil.
Contudo, não é a opinião do senso comum que mais ofusca a Linguística. É a resistência e força da Gramática que criam os maiores empecilhos para a popularização da Linguística. É difícil mudar a representação que as pessoas têm da Gramática, especialmente se considerarmos que ela goza de amplo prestígio na mídia e na escola, além de contar com um histórico de mais de 2000 anos. Mesmo não adotando procedimentos cientificamente válidos na construção de suas teorias e descrições, o aval da mídia e da escola confere muito poder à Gramática.
Daí a necessidade de o linguista vir a público dizer que a Linguística é a ciência que estuda a língua e a Gramática é apenas um compêndio de nomenclaturas e uma convenção de etiqueta linguística.
[1] Artigo publicado em: LIMA, S. A língua como objeto de estudo: da tradição à ciência. FOLHA 670, Anápolis, 6 a 12 abr. 2012. Educação, p. 22.